Em geral, considera-se como cirúrgica uma ruptura completa de tendão com retração de 2,5 cm. Esse tipo de lesão apresenta um risco elevado de progressão, tanto no aumento do tamanho da ruptura quanto no desenvolvimento de infiltração gordurosa no músculo. Essa infiltração resulta em uma piora significativa da qualidade muscular ao longo do tempo, muitas vezes devido ao desuso e às alterações metabólicas. A rotura transfixante é um exemplo clássico desse tipo de lesão.
Na maioria dos casos, uma ruptura completa provoca dor intensa e limitações funcionais importantes no membro afetado. Essa perda de função pode impactar atividades cotidianas, comprometendo significativamente a qualidade de vida. No entanto, é importante salientar que a sensação de dormência ou falta de sensibilidade nos dedos da mão raramente está associada a uma lesão do ombro. Isso porque a inervação do ombro é distinta da que atinge a mão.
Quando a dor é um sintoma predominante, o tratamento cirúrgico precoce é frequentemente a melhor escolha. Essa abordagem oferece resultados funcionais superiores no pós-operatório, especialmente em casos de roturas transfixantes. A cirurgia tem como objetivo corrigir a lesão, restaurando a anatomia e a função do tendão, além de prevenir a progressão da degeneração muscular e de possíveis complicações futuras.
Portanto, a avaliação individualizada é fundamental para determinar a melhor estratégia de tratamento. Fatores como a idade do paciente, o nível de atividade física, a intensidade dos sintomas e o tempo desde o início da lesão devem ser considerados na decisão terapêutica.