O tratamento cirúrgico da lesão parcial do tendão do músculo supraespinal está indicado nas rupturas maiores que 50% e nos casos dolorosos e refratários ao tratamento conservador com fisioterapia e medicação. Além disso, a lesão parcial do tendão supraespinhal pode se beneficiar significativamente da intervenção cirúrgica em tais casos.
Caso opte pelo tratamento não-cirúrgico para sua lesão parcial do tendão supraespinhal, é interessante realizar uma ressonância do ombro e levá-la para o especialista pelo menos uma vez ao ano, de forma a documentar se a lesão está progredindo, pois os melhores resultados após a cirurgia ocorem quando a lesão é pequena e ainda está em seu estágio inicial.
No longo prazo, a tendência de uma ruptura do tendão é aumentar e a musculatura ser substituída por gordura, o que torna a qualidade do reparo ruim e os resultados funcionais após a cirurgia são inferiores aos resultados funcionais dos pacientes que foram operados mais precocemente.
Se optar por não realizar a cirurgia para tratar uma ruptura parcial do tendão do supraespinhal, alguns cenários podem se desenvolver ao longo do tempo. Contudo, a evolução da lesão dependerá de diversos fatores, como a gravidade da ruptura, o nível de atividade física, a qualidade do tendão e o manejo conservador realizado. Vale destacar que a lesão parcial do tendão supraespinhal deve ser monitorada.
1. Dor Persistente ou Episódica
- A dor pode continuar a ser um sintoma predominante, especialmente durante atividades que envolvam elevação do braço acima da cabeça ou esforços repetitivos.
- Algumas pessoas relatam alívio da dor com o tempo, mas sem tratamento adequado, a lesão parcial do tendão supraespinhal pode fazer com que os sintomas voltem e se intensifiquem.
2. Progressão da Ruptura
- Uma ruptura parcial tem risco de progredir para uma ruptura completa, especialmente em indivíduos que realizam atividades físicas intensas ou movimentos repetitivos do ombro.
- Isso pode resultar em perda significativa de força e função no ombro devido à lesão parcial do tendão supraespinhal.
3. Redução da Função
- Com o tempo, você pode perceber dificuldade em executar atividades que requerem força ou mobilidade no ombro, como levantar objetos, vestir-se ou realizar tarefas acima da linha dos olhos.
- Movimentos simples, ademais, podem tornar-se desafiadores devido à fraqueza e dor causadas pela lesão do tendão supraespinhal.
4. Degeneração Muscular e Tendínea
- A inatividade ou a compensação para evitar dor pode levar ao enfraquecimento muscular e à atrofia, especialmente do músculo supraespinhal.
- A infiltração gordurosa no tendão e a degeneração da articulação podem comprometer ainda mais a recuperação funcional futura. Este é um risco importante da lesão parcial do tendão supraespinhal.
5. Risco de Artrose
- A falta de estabilidade e o desalinhamento das estruturas do ombro podem acelerar o desgaste articular, aumentando o risco de artrose glenoumeral (desgaste da cartilagem). Lesão parcial do tendão supraespinhal pode contribuir para esse desgaste.
6. Tratamento Conservador
- Se você decidir não realizar a cirurgia, há opções conservadoras que podem ajudar a controlar os sintomas e prevenir a progressão da lesão, incluindo:
- Fisioterapia: Para fortalecer os músculos do manguito rotador e melhorar a mobilidade.
- Medicamentos: Anti-inflamatórios para controlar dor e inflamação.
- Infiltrações: Ácido hialurônico, corticoides ou terapias regenerativas, como plasma rico em plaquetas (PRP), para aliviar a dor e promover a reparação.
- Alteração de Atividades: Evitar movimentos que sobrecarreguem o ombro. Esta mudança é essencial para quem tem uma lesão parcial do tendão supraespinhal.
Importante
A decisão de evitar a cirurgia deve ser cuidadosamente avaliada junto ao ortopedista, considerando a gravidade da lesão e os objetivos pessoais. Em muitos casos, o manejo conservador é eficaz, mas é essencial monitorar regularmente a evolução da lesão parcial do tendão supraespinhal para evitar complicações irreversíveis.